2 – Um olhar sobre a maquiagem – História da Moda

 Maquiagem = Toda e qualquer interferência de tintura no seu corpo.

As tribos primitivas usavam maquiagens em abundância

Antigo Egito – ali vmos encontrar os primeiros testemunhos do uso de cosméticos. Os faraós tinham nas perucas coloridas formas de distinção social e consideravam a maquilagem dos olhos ponto de destaque fundamental para evitar olhar diretamente para Rá, o deus -sol.

Um fato relevante no Egito é que a maquiagem aconteceu mais por necessidade do que por embelezamento, mas como ela foi necessária, passou a se fazer importante e como o homem sempre foi, em essência criativo, ele passou a fazer coisas diferentes… Com o deserto de areias brancas e sol forte, o olhar para longe criava desconforto na retina… Circular o olho com uma cor escura, diminuía a reflexão de luz próximo a ele e o desconforto ficava menor… essa era a necessidade – a beleza foram as diferentes formas de fazer isso… Sobre as perucas e barbas de cerâmica… Estas surgiram por causa de higiene e doenças – para evitar piolhos e outros insetos ou parasitas que se alojam próximo a pelos, os egípcios retiravam todos os pelos do corpo – usavam perucas de fibras e enfeites na cabeça – para os faraós ou familiares destes, um cavanhaque de cerâmica era amarrado ao queixo.

  • Meados do século XVII – 1.658 – aplicação no rosto de pedaço(s) de tecido(s) preto colado(s)  em diferentes formatos – MOSCAS – Isto está relacionado com doenças dermatológicas do período que deixavam marcas. Elas foram especialmente populares nos últimos anos do século XVII, mas ainda permaneceram na moda até o fim do período georgiano. As manchas ficavam em duas categorias distintas – aqueles usados em alta moda, e aqueles usadas para esconder marcas de pústulas. O desejo de encobrir uma desfiguração é compreensível. A varíola afetou, talvez, um quarto da população, e com frequência deixou manchas faciais. Um adulto com uma pele perfeita era incomum – e, portanto, “mascarando” o defeito era considerado importante.

  • NASCIMENTO DA PALAVRA MAQUIAGEM

    Enquanto a corte tendia a uma crescente moralização, o uso de artifícios passou a simbolizar um valor emancipador: a corrente preciosa tão criticada por Molière exaltava a inteligência do espírito e o refinamento do corpo. A palavra ‘maquiagem’ nasceu nesta época, mas em um sentido pejorativo: maquiar significava esconder o jogo, enganar.

Dentre as doenças que deixavam marcas esta a grande varíola e doenças venéreas tinham um tratamento com mercúrio, este,  frequentemente causava desfigurações faciais terríveis. Não é de admirar, então, que as mulheres com rostos devastados procuravam esconder a evidência de doenças com uma grossa aplicação de make-up, ou com manchas (ou mais geralmente, ambos).

  • 1.700 a 1.926 – houve a pintura de “Pintas” no rosto, a localização dava diferentes significados.

É preciso lembrar que uma tez de porcelana branca era um sinal de classe alta – afinal de contas, as ordens inferiores tinham que trabalhar fora e por isso eram normalmente coradas. Assim, as mais nobre tinham a pele coberta por uma maquiagem branca, enfatizando sua pele pálida, muitas vezes em branco de chumbo. Sim, era venenosa, e sim, que era conhecido na época, mas não impediu que esses seguidores dedicados de moda estavam literalmente se matando para serem olhadas com um branco como um lençol.

Ingredientes da composição branca para a pele:
várias placas finas de chumbo
uma grande panela de sopa de vinagre
um leito de estrume de cavalo
água
perfume e tingimento agente

Essa tintura era feita de vinagre colocado em uma camada de esterco de cavalos, por pelo menos três semanas. Quando as laminas de chumbo finalmente amolecem ao ponto em que possam ser trituradas em forma de um pó branco em flocos (reação química), esse era moído até ficar um pó fino. Misturavam água e era deixado para secar ao sol. Depois do pó seco, misturado com a quantidade apropriada de perfume e corante de tingimento.

Parece desagradável, especialmente pelo chumbo e o estrume de cavalo!
Um bálsamo para o rosto também era feita usando uma mistura de óleo de amêndoa aquecido com spermacetti (uma substância de cera encontrada em cachalotes, normalmente usadas em velas) misturado com uma colher de sopa de mel.

Tanto homens como mulheres usavam branquear a pele. As manchas foram então aplicadas como um contraste – chamando a atenção para a tez pálida.

Havia toda uma linguagem ligada a onde o adesivo seria usado, emprestado (é claro) do francês. Supostamente, você pode mostrar sua tez política pelo fato de que você usou o seu adesivo na bochecha ou à esquerda. Mas as senhoras usariam as manchas ou patches como uma linguagem de flertar – por exemplo, um patch acima do lábio convida a um beijo. Aqueles lábios iriam ser coloridos ainda com carmim – às vezes um vermelho brilhante, mas geralmente rosa, aplicado com uma camada de lã ou de pêlos impregnado de cor, chamado de lã espanhola. O efeito vermelho também poderia ser alcançado por fricção com vinagre ou álcool destilado. Em meados do século 18 a coloração de lábios tornou-se disponível, feita a partir de uma mistura de carmim e Plaster of Paris. A moda foi para os lábios pequenos, picada de abelha (ou seja, botão de rosa) – e cor pode ser aplicado para ambos os sexos. Você só tem que pensar nessas imagens ridículas …

  • Em 1.800 aparece o leque que fazia todos os sinais de esconder e mostrar.
  • somente em 1950 Marilyn Monroe utiliza novamente a “pinta” ou mosca – como sinal de beleza.
  • Tatuagem: interferência cromática no corpo.
    • Anos 70 – Flower Power – pinturas com muito brilho
    • 1.975 – cabelo Black-tie olhos multicoloridos
    • Anos 80 – Punk – pinturas de abstrações tribais (medo, falta de perspectiva no futuro)
    • Anos 90 – Cindy Crawford usa (tem) pinta natural causando um novo apelo ao charme da pinta.