quem gosta de cachorro… GOSTA MESMO!!! – O Dumbo!!

Quem me conhece um pouco, sabe que os amigos caninos são uma grande prioridade em minha vida… Esses dias, vendo um programa de TV cheguei a conclusão de que o fato de eu ter tido uma infância um pouco solitária (em relação a crianças da mesma idade) e até por ter uma mãe que sempre trabalhou muito, muito, muito… tenha ficado com essa simpatia extrema com nossos amiguinhos… Eu tive amizade com um porquinho cor de rosa que eu dava banho e ficava bastante tempo conversando com ele… chego a lembrar de “sua voz”… Depois lembro que ele ficou enoooormeeeee e “foi embora” (nunca voltou)… Tive alguns coelhos – que na verdade não eram meus e sim de meu irmão… mas eu os tratava na maior intimidade… Era engraçado, mas aos poucos “eles iam embora também”…

Assim foram minhas “amizades animais”, inclusive com os meus dois cachorros de infância… na verdade nenhum deles era meu… O Pagé “?pastor alemão?”, muito meu amigo querido – era de meu irmão… O pretinho (raça??nem nome tinha) – era um fofo, baixinho e muito querido até bem pouco tempo, achei que era meu…
Descobri que era de minhas irmãs mais velhas… Então, de fato não tive bichos de fato MEUS…

Então cresci (não muito em tamanho) e tomei conta de minha vida… fiquei independente, ou melhor… passei a fazer e pagar as minhas contas… e um dia surgiu um cão totalmente destruido em minha rua, as orelhas sem pelos… o corpo – uma lástima… passei a alimentá-lo com a ajuda de uma vizinha e de minha empregada… depois de uns dois meses, consegui colocá-lo no carro e o levei à uma veterinária amiga minha… ele ficou lá ums dias tratando das sarnas e outras muitas “perebas”… Como ele só tinha “orelhas”, apelidamos ele de DUMBO… Eu morava no último andar de um prédio – 8º – e não podia ter animais, digo, se fossem frios como peixe e tartaruga, tudo bem… Assim, o Dumbo ficava na rua, e todos começaram a gostar dele e cada vez mais ele estabelecia a proximidade… começou com o pátio do prédio… e foi até uma parte interna na entrada, que antecedia o hall. Cada vez que eu chegava era uma festa, até um dia que ele entrou com a oportunidade de uma pessoa saindo quando estavamos na frente… Foi muito engraçado… ele subiu as escadas sem cerimônia… eu atrás chamando com sacolas, salto… e etc (principalmente etc)… em cada andar ele parava cheirava os dois lados da escada… e subia correndo para o próximo andar.

DumboAssim foi até o oitavo andar… chegou em frente a minha porta, cheirou embaixo e apenas sentou. Eu abri, dei água e com minha exaustão acabei deixando ele ali… Ele escolheu um lugar no tapete e dormiu.
Acordei às seis da manhã com um choro sutil… pensei “sujou”… Levantei com cuidado “onde pisar”… mas tudo em ordem, olhei a porta da rua – lá estava ele sentado olhando para ela – Me vesti rápidamente e desci com ele (as escadas é claro)… no fim da tarde, a cena se repetiu… e assim foi ficando – até eu promover uma reunião de condomínio onde coloquei minha situação:
– Eu não comprei um cachorro, eu não busquei um cachorro, eu não levei um cachorro para casa… O Dumbo decidiu morar lá em casa!!! Assim foi, que ele quebrou as regras, e o condomínio aceitou…
Passado um tempo, o Dumbo ficou tão lindo que “parava o trânsito” literalmente… Tornou-se o que era – Um lindo Old English Sheepdog…

Depois de um tempo, soube de uma família na vizinhança que tinha uma casa antiga e tinha um Sheepdog…
Eles haviam vendido a casa para a construção de um prédio (que ja estava pronto)  e mudado para um bairro a mais de 20 Km do centro – chegamos a conclusão que, de alguma forma ele se perdeu e voltou para sua casa de origem – Foi uma convivêncioa espetacular.  Pelas nossas contas, ele viveu 19 anos – ficou cego, cardiaco, mas tinha total controle do espaço e era muito faceiro.
“MEU” primeiro cachorro… que foi de uma fidelidade e amor incondicional – TOTAL